Este é o diário de viagem do casal carioca, Desireé Botelho e Farney Costa, que percorreu três países africanos por 16 dias em Outubro de 2019. Confira suas aventuras pela Garden Route na África do Sul, Safáris no Quênia e Zanzibar, uma praia paradisíaca na Tanzânia.
DIAS 01 E 02 DE 16
CHEGAMOS NA ÁFRICA DO SUL!
Começamos nossa viagem saindo do Rio de Janeiro com destino a Cidade do Cabo, na África do Sul. Voamos durante toda a noite e quando chegamos lá, retiramos o veículo que havíamos reservado já no aeroporto. Achamos que seria uma boa ideia osta Sul do país e aproveitar a flexibilidade de horários e a paisagem da Garden Route, uma estrada que oferece paisagens incríveis do oceano e uma ótima infraestrutura para visitantes. Fizemos check-in no Sun Square Cape Town Gardens, (dava pra ver a Table Mountain da entrada do hotel) e como não gostamos de perder tempo, guardamos as malas e partimos para ver a famosa montanha e como era bem pertinho, fomos de Uber mesmo (sim, tem Uber na África do sul). Seus 1.085m de altura lhe dão um ar imponente. Mesmo quando contemplada do outro lado da baía, ela parece gigante. Tem dois jeitos de subir até o topo: pela trilha ou de bondinho.
A trilha demora em torno de 2 horas e de bondinho, dá pra ver várias pessoas subindo. Como a fila pra comprar ingressos estava rápida, fomos de bondinho mesmo! (Ah, dá pra comprar o ingresso online, se quiser!)
As viagens de bondinho têm duração de cinco minutos, com partidas a cada 15 minutos. Elas são feitas em cabines que giram 360 graus e são acessíveis para cadeira de rodas. Ao chegar no topo, nos deparamos com uma neblina muito forte, não conseguíamos ver nada. Então, resolvemos ir para o restaurante procurar algo para comer e, minutos depois, o tempo se abriu! Desistimos de comer e fomos apreciar a vista. É LINDO… vale cada minuto!
DIA 03 DE 16
CABO DA BOA ESPERANÇA
Acordei bem cedo para aproveitar o café da manhã do hotel, enquanto o Farney aproveitou para estender o descanso. O chef faz o omelete na hora, do jeitinho que você pedir. Adorei!
Partimos em direção ao Cabo da Boa Esperança e para nossa sorte, não havia ninguém. Chegamos às 08h e conseguimos tirar fotos tranquilamente. Ao contrário do que comumente se acredita, o Cabo da Boa Esperança ou Cape of Good Hope, em inglês, não é o extremo meridional (ponto mais ao sul) do continente africano, que nesse caso é o Cabo Agulhas. Ele é o pedaço de terra mais ao sudoeste do continente, ou seja, o mais próximo da América do Sul.
Há poucos minutos de carro do Cape of Good Hope fica o Cape Point. Subimos para o farol de bondinho, mas também tem a opção de ir caminhando pela trilha e apreciando a vista, que lá de cima é incrível!
Para terminar o dia, seguimos rumo à cidade de Hermanus, com a idéia de fazer um passeio de barco para ver as baleias. Infelizmente, o tempo não colaborou e os barcos não saíram para o alto mar. Decidimos ir para o hotel que estava reservado para fazer o check-in e relaxar. O Windsor Hotel Hermanus fica em frente a praia e havia muitas pessoas tentando ver as baleias de lá mesmo, o que faz do hotel um local super famoso por esse motivo. Então, fomos almoçar por ali e tentar enxergá-las! Conseguimos, porém beeeeeeem de longe.
DIA 04 DE 16
SKYDIVE, FOTOS E MUITA ADRENALINA!
Na programação original da viagem, nesse dia deveríamos ter seguido para Gansbaai, mas como o mar estava agitado e não oferecia condições seguras de navegação, o mergulho White Shark Diving com os tubarões brancos foi cancelado. Por isso, decidimos mudar nosso roteiro com ajuda da Insight, que foi muito atenciosa e nos ajudou a remanejar tudo para que pudéssemos cumprir nossos novos planos.
Encontramos pela internet o SkyDive na praia de Mossel Bay, que não era nem um pouco perto de onde estávamos hospedados. Dirigimos em torno de 3 horas de Hermanus até Mossel Bay e conseguimos “mergulhar no céu”. Já que estávamos na África do Sul, não podíamos perder a oportunidade. Fomos um de cada vez, porque escolhemos a opção com fotógrafo incluso.
Que experiência incrível!
Depois de muita emoção e adrenalina, partimos para a cidade de Oudtshoorn, onde passamos a noite. Ao invés de sairmos para jantar, aproveitamos o serviço de quarto do Hotel Protea Hotel by Marriot para pedir o jantar e descansar.
DIA 05 DE 16
RELAX E GASTRONOMIA EM KYSNA
Acordamos cedo e seguimos pra Knysna, onde chegamos e fomos direto ao Knysna Elephant Park, para fazer um passeio onde é possível chegar bem pertinho dos elefantes para alimentá-los e fazer carinho. Mas como estava chovendo MUITO, acabamos desistindo e apostando em ir no dia seguinte pela manhã.
O Hotel em Knysna era bem rústico, todo de madeira e como ainda estava chovendo muito, tomamos alguns drinks pela tarde e fomos jantar no Waterfront da cidade, que ficava a alguns minutos andando.
Escolhemos o restaurante Ocean Basket para provarmos frutos do mar e não nos decepcionamos. Foi uma ótima escolha!
DIA 06 DE 16
ELEFANTES E BUNGEE JUMP
Acordamos com o dia ensolarado! A chuva tinha ido embora e voltamos ao Knysna Elephant Park. Como era no caminho para o Bungee Jump, deu para incluir na rota novamente e conseguimos chegar bem perto desses enormes mamíferos. Espetacular!
Poucos quilômetros à frente, chegamos à Bloukrans Bridge. Confesso que eu não estava nem um pouco a fim de pular. São 216m de altura, no maior bungee de ponte do mundo! Para chegar até o local onde pulamos, pegamos uma tirolesa sinistra (não recomendo olhar para baixo porque é de dar arrepios). Chegando lá, eles já colocam uma música africana bem alta para te deixar com a adrenalina nas alturas. Na minha vez de pular, gritei bem alto que queria desistir mas o pessoal simplesmente não me levou a sério e continuou os preparativos… quando eu vi, já tinha pulado!
Ao contrário de mim, Farney adora adrenalina e SE JOGOU com tudo lá de cima! São alguns segundos de queda livre e em alguns minutos, alguém da equipe especializada te busca pra te levar de volta.
Como nosso mergulho com os tubarões em Gansbaai não aconteceu devido às más condições do mar, transferimos a atividade para outra empresa em Mossel Bay, que era o local mais próximo (em torno de 3 horas de viagem). Chegando lá, saímos para jantar de Bolt, um aplicativo estilo Uber que funciona na cidade, e aproveitamos o resto da noite no The Kelway, o hotel campestre e aconchegante onde estávamos hospedados.
DIA 07 DE 16
MEDO DE TUBARÃO?
O encontro para o mergulho com tubarões pela White Shark Africa começa bem cedo! O café da manhã é servido junto com as instruções de segurança que são repassadas aos participantes (eu logo tomei um remédio pra enjoo, para garantir). Basicamente, o importante é prestar atenção no guia que fica em cima do barco vigiando os tubarões e gritando “down, down, down” toda vez que aparecia algum perto da gaiola. Ela fica presa ao barco e não tem possibilidade de afundar, porque tem umas bóias amarradas.
Não precisamos ficar mergulhados o tempo todo, ficamos com a água no pescoço e só mergulhamos quando o guia avisa. Você consegue vê-los nadando bem na sua frente! Enormes!
Durante a atividade vimos quatro tubarões, que são atraídos por uma cabeça de atum bem fedorenta. Um dos guias do barco fica jogando e tirando a cabeça de atum da água, até que eles se cheguem perto do barco, que é bem baixinho e por isso, a proximidade com os temidos peixes é considerável.
Pra falar a verdade, fiquei mais apreensiva quando estava em pé nas bordas do barco do que dentro da gaiola. Vale super a pena! É uma experiência incrível! Finalizado o mergulho com os tubarões, seguimos na estrada rumo à cidade Port Elizabeth, onde passamos a noite.
DIA 08 DE 16
DA ÁFRICA DO SUL PARA O QUÊNIA
Devolvemos o veículo no aeroporto de Port Elizabeth e pegamos o voo com destino à Nairóbi, via Johanesburgo. Todos os procedimentos, voos e conexões demoraram praticamente o dia inteiro de viagem.
Chegamos ao aeroporto Jomo Kenyatta em Nairóbi e pegamos um táxi do aeroporto para o hotel. Chegando ao hotel, percebi que foi a melhor escolha – apesar de ter Uber em Nairóbi, não aconselhamos utilizar o serviço e já explico o motivo.
Logo no portão do hotel, pelo menos três seguranças revistaram o taxi com espelhos que refletem o fundo exterior do veículo, além de terem aberto todas as portas para verificar quem estava dentro e porta-malas.
Ufa, conseguimos passar pela primeira revista, a do portão do hotel. Quando chegamos na recepção para fazer o check-in, outra revista: detectores de metal para pessoas e para as malas. Eles tem grande preocupação com a segurança no Tamarind Tree. Por isso, acreditamos que o hotel foi uma boa opção para a nossa pernoite de conexão entre cidades, já que no próximo dia viajamos para a Reserva Maasai Mara e participar dos safáris em busca dos Big Five, como são chamados os cinco mamíferos selvagens de grande porte da savana africana (elefante, leão, búfalo-africano, rinoceronte-branco e leopardo).
DIA 09 DE 16
SÁFARI EM MAASAI MARA
Acordamos animados para o safári, mas ainda tínhamos um voo pela frente! Geralmente as reservas africanas onde os safáris acontecem não possuem aeroportos, mas pistas rústicas de aterrissagem e decolagem que recebem apenas aviões de pequeno porte. Por isso, não é possível levar malas de 20kg ou maiores. Tivemos que pagar uma taxa e guardar nossas malas no luggage room (sala de bagagens) da companhia aérea Air Kenya – que resolve isso na hora do check-in. Foi assim que embarcamos no voo de Nairóbi para a Reserva Maasai Mara, levando somente as malas de mão. Para a minha felicidade o nosso avião não foi dos menores, a viagem durou cerca de 50 minutos e foi bem tranquila.
Assim que chegamos na reserva, nosso motorista do Mara Serena Safari Lodge estava nos esperando. Nos acomodamos no hotel, almoçamos e partimos para o safári ao entardecer. A lista de animais que avistamos no primeiro dia foi bem vasta, mas o que mais impressionou foi a família de leoas com seus vários filhotinhos, chegamos bem perto!
MAASAI MARA NATIONAL RESERVE
Situada ao sudoeste do Quênia, cobrindo uma área de 1.510 km2, a Reserva Nacional Maasai Mara é uma terra de paisagens deslumbrantes, fauna abundante e planícies infinitas. Seus insuperáveis safáris oferecem abundante concentração de animais durante todo o ano, além dos dois milhões de animais que compõem a grande migração – um dos maiores espetáculos de vida selvagem da natureza – que ocorre entre julho e outubro.
DIA 10 de 16
CAFÉ DA MANHÃ SURPRESA E SÁFARIS
Dia todo de safári! Fizemos um pela manhã e um pela tarde. Acompanhamos um momento marcante no território africano: A grande migração, chamada em inglês “The Great Wildebeest Migration“, considerada a maior migração de animais selvagens do mundo. O evento ocorre anualmente de Agosto até o início de Novembro no “ecossistema Serengueti”, área de reservas nacionais entre os países africanos Quênia e Tanzânia.
Várias espécies migram de um lado para outro em busca de pastos verdes. Dessa vez, encontramos um grupo de gnus que estava retornando da Reserva Maasai Mara, no Quênia, para a Reserva Serengueti, na Tânzania. Eles eram incontáveis! Nosso motorista entrou no meio da migração, foi muito emocionante!
Havíamos saímos bem cedo para o safári sem tomar o café da manhã. Para a nossa surpresa, quando retornamos ao lodge, havia uma mesa posta nos esperando com espumante, frutas e ovos mexidos. Até aí tudo bem, teria sido apenas uma refeição normal de hotel se não tivesse sido servida à beira da piscina, no meio da savana africana, com vista para hipopótamos que passeavam despreocupados enquanto degustávamos o nosso desjejum. Experiência inesquecível!
Que vista espetacular tínhamos da nossa varanda! Os animais passavam por ali de vez em quando e até o Pumba veio nos visitar! =)
DIA 11 DE 16
EM BUSCA DOS BIG FIVE!
Saímos as 5h da manhã do lodge e como tínhamos visto vestígios de um leopardo no dia anterior, voltamos para o mesmo lugar. E lá estava um dos Big Five, conseguimos encontrá-lo! Uma aglomeração de carros foi se juntando assim que viram quem estava por ali, devorando seu café da manhã. Com ele na lista, só não conseguimos ver o Rinoceronte, que infelizmente está em extinção e já algum tempo não é visto em Maasai Mara.
Missão safári cumprida e hora de ir embora! O voo de volta foi em um monomotor bem menor que o da vinda. Chegamos a Nairóbi e descansamos no hotel que era dentro do Aeroporto Jomo Kenyatta.
DIA 12 DE 16
DO QUÊNIA À TANZÂNIA
Nos despedimos do Quênia e partirmos para Zanzibar, um arquipélago que é um verdadeiro paraíso, para passar os últimos dias de viagem no continente Africano. O voo da Kenya Airways que sai de Nairóbi (Quênia) para Zanzibar (Tanzânia) foi direto, sem conexões.
O hotel escolhido foi o White Paradise Resort. Era bem aconchegante e foi aproveitando o resort que passamos o restante do dia. A piscina tinha água morna – com chuva ou sol – e estava sempre ótima para mergulho.
DIA 13 DE 16
UM PEDIDO SURPRESA
A praia em frente ao resort era muito linda! Mas como não tinha profundidade era imprópria para banho. Pegamos um transfer grátis do hotel para a praia mais próxima e passamos a manhã na praia.
Em Zanzibar vivem muitos Maasai, povo das tribos que vão para a cidade trabalhar para tentar uma vida melhor para sua família. Porém, sem nunca perder suas origens. Você encontra eles na praia ou trabalhando como segurança nos hotéis em trajes típicos de sua cultura.
Durante a tarde pretendíamos ir à cidade mas como choveu bastante, decidimos ficar na piscina do hotel tomando drinks e relaxando.
A noite foi mágica e veio com uma supresa inesquecível.
Farney me convidou para irmos na praia ver onde estava a maré, que sempre oscilava muito durante o dia. Quando chegamos num arco de flores – que ele encomendou especialmente para o momento – veio um pedido de noivado surpresa, que me fez chorar de emoção.
O momento foi só nosso, eu e ele!
E claro, eu disse “Sim!”, para o nosso amor, para nós dois e pela vida toda que ainda teremos juntos!
DIA 14 DE 16
CELEBRANDO O NOIVADO
Começamos o dia em clima de comemoração!
Logo pela manhã fomos ao centro de Zanzibar, onde fica a casa de Freddie Mercury e nas lojinhas de lembrancinhas.
Ao entardecer, fomos ao The Rock, um restaurante bem conhecido que está localizado na praia, em cima de uma pedra – daí o nome.
O jantar foi maravilhoso e feliz!
DIAS 15 E 16
HORA DE VOLTAR PRA CASA
Tudo o que é bom dura o tempo necessário para se tornar inesquecível!
A viagem foi o que esperávamos, planejamos e muito mais!
Nosso muito obrigada a Insight que nos ajudou nas escolhas e em todos os ajustes de programação, para que fosse uma viagem inesquecível!
Essa foi a nossa segunda viagem com a Insight e com certeza, não será a última.
A equipe Insight agradece ao querido casal Desireé Botelho e Farney Costa, por todo o carinho e tempo dedicado para nos relatar sua linda experiência de viagem no continente africano e ser inspiração para que outros viajantes realizem seus sonhos. Desejamos felicidades em sua nova etapa de vida, que ela seja repleta de momentos felizes e muitas viagens!